FÓRMULA 1 : E AGORA DESCOBRIMOS QUE A CULPA NAO ERA DO PEREZ
A Red Bull Racing é uma das equipes mais competitivas da história da Fórmula 1, onde há poucos dias completou a marca de 400 grandes prêmios realizados, sendo que neste
Porém, na atual temporada o time que em 2024 sagrou Max Verstappen tetracampeão, tem visto cada vez mais a McLaren repetir neste ano o título de construtores obtido no ano passado, bem como a elevar um dos seus dois pilotos ao estrelato de campeão deste ano.
Passadas nove corridas, o time austríaco acumula 144 pontos no mundial de construtores e aí é onde está o problema: Verstappen acumulou sozinho 137 pontos destes e sendo assim, Yuki Tsunoda, o único companheiro de Verstappen a pontuar neste ano marcou parcos sete pontos.
O problema começa a ficar maior se fizermos um comparativo com o mesmo período da temporada 2024, onde Sergio Perez, então piloto do time taurino, acumulou 99 pontos (no ano passado o nono GP foi a corrida do Canadá) e desta forma, ao que nos leva a crer, Perez dos problemas era o menor, já que durante todo o ano somou 152, o que foi suficiente para junto a Verstappen dar ao time o segundo posto do mundial de construtores - neste ano o time foi superado pela McLaren que acumula 362 pontos; Ferrari com 165 e Mercedes com 159, muito distante do que o time se acostumou nos últimos anos, quando sempre esteve na frente, ou disputou cabeça com cabeça a ponta da tabela.
Verstappen fechou 2024 com o título de pilotos e Perez encerrou na oitava colocação do campeonato, algo que parece estar distante de acontecer com Tsunoda, que nove GPs passados, acumula apenas 10 pontos, sendo três deles da fase que correu no time B da Red Bull, a Racing Bulls.
Claro que não estou tentando denegrir a imagem de Tsunoda, ou supervalorizar a de Perez, pelo contrário, o que tento entender nesta imensa colcha de retalhos é: como um time tão competitivo e vencedor, não consegue fazer com que seus dois carros andem pelo menos proximos, algo que foi crucial para a vitória da McLaren no mundial de construtores do ano passado e que quase foi superada pela Ferrari, que de igual modo, esteve apoiada sempre nas boas somas de pontos que Charles Leclerc e Carlos Sainz levavam para a garagem vermelha.
Ou seja, ao que tudo indica Perez não era o maior dos problemas da Red Bull Racing e sendo assim, aparenta demonstrar que sua demissão tem mais a ver com a disputa política e de poder dentro do time, do que qualquer outra coisa, já que por muito menos ele era duramente criticado, algo que neste ano, salvo no período em que Liam Lawson estava na equipe, não parece acontecer.
A Honda não estará mais com os bulls a partir de 2026 e pelo modo áspero e agressivo que Helmut Marko tratou seus pilotos anteriores que, segundo sua ótica não estava atendendo aos anseios da equipe, não me faz perceber que ele tenha algum respeito a Tsunoda em consideração à marca japonesa que o apoia - não consigo entender o modus operandi de Marko e do time neste ano.
Seja o que for, tudo leva a crer que neste ano, véspera de troca de regulamentos na categoria, a Red Bull Racing vai sair por baixo no mundial de construtores e, com um novo (e arriscado) projeto de produção dos seus próprios motores a partir de 2026 em parceria com a Ford, a impressão que tenho é que a próxima temporada pode ser ainda pior - não que eu esteja desejando isto, pelo contrário, mas as evidências e a estranheza como a coisa tem acontecido na garagem do time de Milton Keynes, não me permite ver um prognóstico melhor para a equipe no ano que vem.
Espero que seja apenas uma má impressão, pois quanto mais times competitivos estiverem no grid, esta é a certeza de boas corridas, que é o que todo fã de automobilismo deseja.
Aguardemos o passar dos dias...
CONTEUDO MOTORSPORT : AUTOMOBILISMO COM CONTEÚDO
Foto: Fórmula 1
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Autor
Márcio de Luca
