LE MANS EXPLICA A CONVERGÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO ENTRE O WEC E O IMSA


O WEC, Campeonato Mundial de Endurance e o IMSA, campeonato norte-americano da mesma modalidade do automobilismo, são os dois maiores campeonatos no mundo deste gênero e no passado, durante muito tempo os regulamentos particulares de cada um, permitia que equipes que competiam no campeonato dos EUA, competisse nas 24 Horas de Le Mans, a mais tradicional prova de resistência do mundo.


Conteúdo Motorsport: Automobilismo com conteúdo!Mas, mudanças de direção em cada um dos campeonatos, fizeram com que na fase anterior de ambos, carros da classe topo das duas competições não seguissem a mesma regulamentação e sendo assim, Le Mans não era possível para os estadunidenses, tal como as 24 Horas de Daytona não seria possível para os demais, por exemplo.

O WEC seguia com a classe LMP1, enquanto no IMSA havia a DPi, que apesar de terem desempenhos similares, por não seguirem o mesmo padrão de construção dos carros e motorização, não podiam habitar no mesmo quintal juntas.

 

Mas, eis que o ACO, Automobile Club de I'Ouest, organizador das 24 Horas de Le Mans, juntamente com a FIA, Federação Internacional de Automobilismo, em 2018 lançaram a pedra fundamental dos Hypercars, como forma de tentar salvar o campeonato mundial de endurance, pois a classe LMP1 havia se tornado muito cara e os fabricantes envolvidos pouco a pouco iam se esvaindo da competição e desta forma, havia o risco do campeonato se encerrar novamente, como ocorreu na década de 90.

E aí veio o pulo do gato: os idealizadores da classe Hypercar chamaram o International Motor Sports Association, o IMSA para a mesa e foi então que se fechou a conta e foram criados os protótipos Le Mans Daytona Hypercar (LMDh), cujo DNA deveria ser dos carros de rua adaptados para as pistas, onde o melhor exemplo para isto é o Aston Martin Valkyrie, que nasceu como carro de rua e neste ano compete em ambos os campeonatos.

Desta forma, apesar de teoricamente os campeonatos serem maiores do que a corrida, foi exatamente o desejo de ver todos o maiores times e competidores na corrida, que fez com que a nova regulamentação ganhasse vida, algo que serviu como uma grande injeção de adrenalina para o WEC e para o IMSA, haja visto a quantidade de fabricantes envolvidos em ambos os campeonatos: no dos EUA são seis e no mundial são oito, onde para ambos é possível este número subir em três logo mais, já que Ford, Genesis e McLaren vão colocar seus carros na pista.

Ou seja, Le Mans sempre foi uma vedete no mundo do automobilismo e sua significância de uma forma geral a torna muito maior do que qualquer campeonato e mesmo sendo apenas aquela corrida que tradicionalmente ocorre no mês de junho há mais de 100 anos, todos querem participar dela.

 

Vida longa a rainha!

 

Foto: Márcio de Luca (Conteúdo Motorsport)

 

  

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Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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