ENDURANCE - CURIOSIDADES DAS 24 HORAS DE LE MANS DE 2022


Estamos a exatos 31 dias para a largada das 24 Horas de Le Mans, a edição de número 90 desta prova que é tida como uma das mais tradicionais, importantes e fantásticas do calendário mundial do automobilismo.


E para celebrar este legado que teve inicio nos idos de 1923, há quase 100 anos, vamos falar um pouco da prova deste ano, que contará com seis brasileiros em sua disputa, só não tendo representantes na classe LMGTE Am.

Nos hypercars teremos André Negrão no carro da Alpine e Pipo Derani em um dos SCG-007 da Glickenhaus. 

Na LMP2 Felipe Nasr estará aos comandos do Oreca 07-Gibson da Penske e Pietro Fittipaldi em um carro do mesmo tipo da Inter Europol.

Pietro estará em ação na LMP2. Reprodução

E na LMGTE Pro Daniel Serra estará numa Ferrari 488 GTE Evo da AF Corse e Felipe Fraga em um carro similar da Riley Motorsport.

Apesar de neste ano o Brasil não contar com Augusto Farfus e Marcos Gomes, participantes de edições anteriores, temos um bom time representando nosso país, onde os seis participantes possuem chances reais de chegar ao pódio da competição em cada uma de suas classes – em 2019 foram sete representantes; em 2020 foram seis e no ano passado seis também – ou seja, estamos mantendo uma boa média de representantes, com o número mantendo-se estável neste últimos anos.

Falando agora de uma modo mais geral da prova, iniciando pelos hipercarros, esta classe contará com cinco protótipos novamente no grid deste ano, sendo a Alpine a única representante que terá apenas um carro na pista – Toyota, como já faz no campeonato mundial terá dois e a Glickenhaus que compete no WEC com apenas um carro, adicionará mais um para a prova francesa.

André Negrão estará a bordo da Signatech Alpine pela classe Hypercar. Reprodução

Na classe LMP2 temos 27 carros inscritos, sendo que apenas um destes não terá chassis Oreca 07: trata-se do Ligier JSP217-Gibson da equipe espanhola CD Sport. Dentre todos estes participantes, 15 deles competem no campeonato do WEC, sendo os demais inscritos apenas para este prova, cujos times são oriundos do ELMS, o campeonato europeu da modalidade.

Ainda nos LMP2, apenas oito carros correrão com pilotos da categoria Pro/Am, onde quatro destes são times que também competem no campeonato mundial.

Felipe Nasr a bordo do Oreca-Gibson da Penske. Reprodução

Uma curiosidade interessante desta classe diz respeito ao time francês Duqueine Team, que também é fabricante de protótipos, porém da classe LMP3: para não ficar de fora da prova e seguramente colher dados sobre este tipo de carro, utiliza um chassis da concorrente (também francesa) Oreca – a equipe não corre no mundial de endurance, porém desde o ano passado possui uma esquadra no ELMS e curiosamente neste campeonato, onde competem modelos LMP3, ela não tem nenhum carro inscrito nesta classe.

Adentrando agora nos GTs, na classe LMGTE Pro teremos a adição de dois carros aos que competem no WEC, perfazendo-se sete ao todo – um deles é o Corvette C8.R do time de fábrica e o segundo, a Ferrari 488 GTE Evo da Riley Motorsport, no qual correrá o brasileiro Felipe Fraga.

Aqui o volume de carros é favorável aos modelos italianos, onde são três Ferraris, dois Porsche e dois Corvettes.

Daniel Serra estará de Ferrari na LMGTE PRO. Reprodução

Chegando agora na classe LMGTE Am, teremos nada menos que 23 carros na pista, onde a Ferrari também domina em quantidade de carros inscritos, com doze 488 GTE Evo. Em segundo lugar vem a Porsche com oito 911 RSR-19 e por fim a Aston Martin, que contará com apenas três Vantage AMR no grid.

Neste ano as 24 Horas de Le Mans retornam ao seu mês tradicional, junho, onde nas últimas duas edições devido a pandemia mundial da Covid-19 suas datas foram alteradas, sendo disputada em agosto no ano passado e em 2020 no mês de setembro.

Pipo Derani vai de Glickenhaus na classe Hypercar. Reprodução

Com tantos carros no grid, 62 ao todo, a dureza que é fazer o equipamento aguentar 24 horas de corrida com pé embaixo e as condições meteorológicas que podem embaralhar a disputa, não é possível prever quem poderá vencer esta prova – na classificação geral, pelo tipo de equipamento, a Toyota vem sempre como forte candidata, mas com o BoP este favoritismo pode cair por terra.

Nas demais classes por se tratar de equipamentos basicamente iguais, mais difícil ainda de dizer quem é o favorito, o que torna esta maratona motorizada ainda mais emocionante, pois sem o efeito da previsibilidade e sabendo de infortúnios ocorridos em edições anteriores já nos momentos finais da corrida definiram seus vencedores, temos a certeza que em 2022 uma grande prova será realizada novamente, o que a torna cada vez mais cultuada, admirada e desejada por todos os amantes do automobilismo.

Lucas Di Grassi a bordo do poderoso Audi R-18 e-Tron. Reprodução

Desta forma, vamos torcer os dedos para nossos brasileiros que neste ano competem nesta clássica e tradicional prova do automobilismo mundial – temos dois nomes que podem vencer na classificação geral, algo ainda inédito para nosso país, já que os melhores classificados foram José Carlos Pace (1973, Ferrari 312 PB), Raul Boesel (1991, Jaguar XJR-12) e Lucas di Grassi (2014, Audi R18), todos com o segundo lugar como melhor posição de chegada.

Jaguar XJR-12 com o qual Boesel disputou a edição de 1991 da prova. Reprodução

Sendo assim, deixe reservado em sua agenda a data de 11 de junho e o horário de 11h da manhã, momento que em La Sarthe será dada a largada para as 24 Horas de Le Mans de 2022.

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Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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